Diante da atual crise do
capitalismo financeiro internacional, o governo Dilma Roussef (PT), através de
dois dos principais cães de guarda que representam o mercado financeiro no
governo federal, os ministros do planejamento, Nelson Barbosa e da Fazenda Joaquim
Levy, anunciou no dia de hoje (14/09), que o governo do Partido dos
Trabalhadores, seguirá firme na implementação das políticas defendidas por
Aécio Neves (PSDB) na última campanha presidencial, ou seja, passando a conta
da crise para os trabalhadores pagarem.
Não se pode governar para todos,
e a cada dia que passa o governo de Dilma deixa claro que sua opção é de
garantir o lucro dos grandes banqueiros e dos grandes empresários, mesmo que
isso signifique cortar na carne dos trabalhadores e da juventude, cortando
direitos trabalhistas e verbas de serviços sociais básicos como saúde e
educação.
Em momento algum o governo
cogitou passar a conta da crise para os seus responsáveis, os grandes
empresários, os bancos e os bilionários que edificam suas riquezas através do
mercado financeiro especulatório, nunca foram ameaçados e nem serão, o debate acerca do imposto sobre grandes fortunas, taxação dos
lucros dos bancos ou uma auditoria da divida pública, que consome cerca de 45%
do orçamento federal nunca foram cogitados.
Ao contrário disto o pacote
apresentado pelos ministros se baseia em ataques a classe trabalhadora, com
medidas como a volta da CPMF além do aumento de outros impostos, cortes em
programas sociais como o Minha Casa Minha Vida que perderá R$4,8 bilhões em
2016, cortes de gastos na saúde, além de ataques diretos aos servidores e aos
serviços públicos como congelamento de salários e suspensão de concursos.
Está claro que a classe
trabalhadora não pode ter nenhuma ilusão com o governo Dilma e o PT, e deve
ficar claro também que não se poder ter ilusão com a falsa oposição capitaneada
pelo PSDB, pois os principais ataques que o governo federal implementa contra a
juventude e os trabalhadores neste momento, são pontos que estavam presentes no
programa derrotado pelo PT nas eleições.
Durante a campanha Dilma criticou
o PSDB por propor revisão de pensões e outros direitos trabalhistas, e aumento
de impostos como solução para a crise, agora o governo do PT implementa as
propostas do PSDB e o partido de Aécio Neves se coloca como crítico a estas
políticas, o que deixa claro que a disputa entre eles não passa de uma briga
para saber qual setor da direta estará no poder.
A saída para os trabalhadores só
pode ser construída por eles, é necessário a construção de um novo campo político,
que reúna a juventude, os trabalhadores e todos os lutadores sociais do país
buscando superar as políticas de austeridade defendidas por PT, PSDB, PMDB e
todos os partidos da ordem, fazendo o enfrentamento a eles nas ruas, na luta e nos movimentos sociais e populares.
Confira abaixo as 9 medidas do governo federal:
- Adiamento do reajuste dos servidores, R$ 7 bilhões
- Suspensão de concursos, R$ 1,5 bilhão
- Eliminação do abono de permanência, R$ 1,2 bilhão
- Implementação do teto remuneratório do serviço público, R$ 800 milhões
- Redução do gasto com custeio administrativo, R$ 2 bilhões
- Mudança de fonte do PAC - Minha Casa Minha Vida - R$ 4,8 bilhões
- Mudança de fonte do PAC, sem Minha Casa Minha Vida - R$ 3,8 bilhões
- Cumprir o gasto constitucional com Saúde, R$ 3,8 bilhões
- Revisão da estimativa de gasto com subvenção agrícola - R$ 1,1 bilhão.
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