terça-feira, 15 de abril de 2014

Secretário de Educação mente em entrevista a Gazeta do Povo!


O atual secretário em educação, Paulo Schmidt, que assumiu o cargo no último dia 3, veio nesta terça-feira em entrevista a gazeta divulgar uma série de mentiras sobre a greve dos trabalhadores em educação afim de confundir categoria, e jogar a opinião pública e a comunidade contra o movimento grevista.
Lei Complementar Estadual 002/2013 que trata da Hora atividade
Schmidt atacou principalmente a questão da hora-atividade, disse ele que o estado cumpre além a lei federal 11738/2008, garantindo 40% de atividade extra-classe para professores, como ele chegou a esse número mágico?? Schmidt alega que os professores são contratados para 40 horas e trabalham 40 horas aula (50 minutos) então segundo ele estes dez minutos por aula, somados aos atuais 30% de hora-atividade ultrapassam o 1/3 de carga horária para atividades extra-classe que a lei federal define. O secretário esquece de citar, num ato de total desonestidade intelectual, que o Plano Nacional de Educação define que a jornada do profissional do magistério é definida por hora-aula, além da lei complementar estadual 002/2013 que define que no estado do Paraná a garantia do 1/3 de atividade extra-classe diferente da lei nacional se dá com base na hora-atividade, portanto os 33% de atividade extra-classe devem ser calculados com base na hora aula de 50 minutos.


O secretário utilizou essa distorção dos fatos sobre a hora-atividade para tentar deslegitimar a greve, como se este foste o único motivo que levou os trabalhadores em educação a decidirem pela paralisação, em nenhum momento ele fala que o governo deve mais de 100 milhões a categoria, que os trabalhadores e trabalhadoras não tem assistência a saúde digna, que as escolas estão cada vez mais sucateadas, faltando professores, funcionários e condições materiais para o bom funcionamento da escola.
É fundamental que o conjunto da sociedade tenha a compreensão que a questão financeira é apenas um dos pontos que levaram a greve, que os 33% são essenciais para que além dos professores precisarem cada vez menos disporem dos seus momentos de folga para desenvolver atividades de planejamento e correção de provas, também propiciar aos alunos um aumento na qualidade das aulas que são produzidas pelas professores.
Portanto a greve deve ser construída em conjunto com professores, funcionários, alunos e comunidade em geral, afim de enfrentarmos o governo, e a utilização da mídia para atacar e deslegitimar o movimento dos trabalhadores em educação.

Leia a Entrevista de Paulo Schmidt

Leia a Lei Complementar Estadual 002/2013

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