O atual
secretário em educação, Paulo Schmidt, que assumiu o cargo no último dia 3, veio nesta terça-feira em entrevista a gazeta divulgar uma série de
mentiras sobre a greve dos trabalhadores em educação afim de
confundir categoria, e jogar a opinião pública e a comunidade
contra o movimento grevista.
Lei Complementar Estadual 002/2013 que trata da Hora atividade |
Schmidt
atacou principalmente a questão da hora-atividade, disse ele que o
estado cumpre além a lei federal 11738/2008, garantindo 40% de
atividade extra-classe para professores, como ele chegou a esse
número mágico?? Schmidt alega que os professores são contratados
para 40 horas e trabalham 40 horas aula (50 minutos) então segundo
ele estes dez minutos por aula, somados aos atuais 30% de
hora-atividade ultrapassam o 1/3 de carga horária para atividades
extra-classe que a lei federal define. O secretário esquece de
citar, num ato de total desonestidade intelectual, que o Plano
Nacional de Educação define que a jornada do profissional do
magistério é definida por hora-aula, além da lei complementar
estadual 002/2013 que define que no estado do Paraná a garantia do
1/3 de atividade extra-classe diferente da lei nacional se dá com
base na hora-atividade, portanto os 33% de atividade extra-classe
devem ser calculados com base na hora aula de 50 minutos.
O
secretário utilizou essa distorção dos fatos sobre a
hora-atividade para tentar deslegitimar a greve, como se este foste o
único motivo que levou os trabalhadores em educação a decidirem
pela paralisação, em nenhum momento ele fala que o governo deve
mais de 100 milhões a categoria, que os trabalhadores e
trabalhadoras não tem assistência a saúde digna, que as escolas
estão cada vez mais sucateadas, faltando professores, funcionários
e condições materiais para o bom funcionamento da escola.
É
fundamental que o conjunto da sociedade tenha a compreensão que a
questão financeira é apenas um dos pontos que levaram a greve, que
os 33% são essenciais para que além dos professores precisarem cada
vez menos disporem dos seus momentos de folga para desenvolver
atividades de planejamento e correção de provas, também propiciar
aos alunos um aumento na qualidade das aulas que são produzidas
pelas professores.
Portanto
a greve deve ser construída em conjunto com professores,
funcionários, alunos e comunidade em geral, afim de enfrentarmos o
governo, e a utilização da mídia para atacar e deslegitimar o
movimento dos trabalhadores em educação.
Leia a Entrevista de Paulo Schmidt
Leia a Lei Complementar Estadual 002/2013
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